sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Enquanto ainda sinto


O amor que não é livre é perigoso. É feio.

Por isso não te peço nada. Por isso não te obrigo a ficar aqui, não te afobo. Nem fico por aí te caluniando, como se não me amar assim como eu acho que te amo fosse um crime e espalhar que você é um babaca completo, o jeito mais certo de obter justiça. De justo isso não tem nada. É coisa de gente mimada, que não sabe o significado de um "desculpa, mas não dá mais".

Por isso não te cobro amor, não te peço atenção. Não te peço nada.

Talvez eu devesse ter tentado mais, ter insistido. Mas eu odeio tudo que vem por obrigação. Quem ama, sente do fundo da alma vontade de estar junto. Não existe dúvida, só certezas. Absurdas e lindas. Você foi embora, arrumou suas malas e deixou tudo organizado por aqui. Eu baguncei tudo e botei a culpa em você.

Mas a culpa não é sua não, nunca foi. E nem minha, pra falar a verdade. Quem vai culpar uma garota sonhadora, influenciada por música pop e livros do Nicholas Sparks, por se apaixonar e ficar revoltada por que não teve seu final feliz? Eu não me sinto culpada. Eu sou assim, eu amo. E choro. Me arrependo. Não esqueço fácil. Não sei como lidar e fujo. Depois volto, e começo de novo. Tudo bem ser assim.

Quanto á você, fique á vontade, ame sem medo, escolha o que quiser. Gosto de liberdade, e gosto de ver quem eu amo com esse sorriso na cara, coragem nos olhos e uma baita vontade de ser feliz. Os meus sentimentos são meus, e eles vão se ajeitar. Cuide do que tem aí, na sua vida.

Queria te pedir pra ficar, e todo o resto que vem com isso, mas tenho que admitir, soltos um do outro a gente é bem melhor. 
(Escrevi esse texto depois de ouvir 
essa versão linda de Stay With Me, e refletir um pouco
 sobre o amor quase implorado da letra...)

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