terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sinto


Limpa. É assim que me sinto. Como se tudo, absolutamente tudo que estivesse me atormentando nos últimos meses fosse finalmente pro ralo. Todo sentimento, toda agonia, as tristezas, as raivas, tudo isso foi sendo levado direto pra bem longe de mim. E agora o que eu sinto é uma paz difícil de descrever.

Sempre foi muito difícil esperar o tempo passar, ter certeza que estava curada, liberta. Mas agora não, vejo com detalhes as feridas fechadas, consigo tocá-las e não sentir absolutamente nada. Me sinto tão feliz, que não tem como caber em mim. Me sinto a pessoa mais sortuda do mundo. Tudo vai dar certo, eu sei.

Queria poder expor tudo em palavras bonitas pra fazer qualquer um desejar a serenidade que sinto, mas somente poucas criaturas tem o dom de escrever lindamente sobre coisas dignas de sorrisos. Eu sou boa com drama, sofrimento. Mas Taylor Swift consegue ser destruidora em qualquer tópico. Por isso indico uma música do recém-lançado 1989, Clean consegue dizer exatamente o que eu tentaria em parágrafos extensos, e que provavelmente não seria o suficiente. A letra é muito sincera, e a melodia arrebata o coração. Não encontrei um vídeo da versão original, mas esse cover também acabou igualmente comigo (no bom sentido da palavra). Aproveitem.



 Clean - Tradução

A seca foi a pior parte,
Quando as flores que cultivamos juntos morreram de sede
Foram meses e meses de idas e voltas
Você ainda estava em cima de mim
Um vestido manchado de vinho, que não posso mais usar
 
Coloquei a cabeça no lugar ao perceber que perdi a guerra
Quando os céus escureceram em uma tempestade perfeita
 
A chuva caiu, bem forte
Quando estava me afogando, finalmente consegui respirar
Ao amanhecer, qualquer traço seu havia ido embora 
Acho que estou finalmente limpa
 
Não havia nada mais a fazer 
Quando as borboletas se tornaram poeira
Elas cobriram todo o meu quarto
Então, eu abri um buraco no telhado
Deixei que a correnteza levasse embora as fotos com você 
A água encheu meus pulmões, eu gritei tão alto 
Mas ninguém ouviu som algum

A chuva caiu, bem forte
Quando estava me afogando, finalmente consegui respirar 
Ao amanhecer, qualquer traço seu havia ido embora
Acho que estou finalmente limpa
Veja, acho que estou finalmente limpa

Dez meses sóbria, devo admitir 
Só porque você está limpa 
Não quer dizer que não sente saudades 
Dez meses mais velha, eu não me renderei 
Agora que estou limpa, jamais arriscarei

A seca foi a pior parte
Quando as flores que cultivamos juntos morreram de sede
A chuva caiu, bem forte 
Quando estava me afogando, finalmente consegui respirar
Ao amanhecer, qualquer traço seu havia ido embora
Acho que estou finalmente limpa 


*usei tantas vezes a palavra "sinto" que fiquei constrangida, me desculpem pela redundância*

         
           


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

I'm Back


Mande avisar nos auto falantes por aí: eu voltei. Cole nos muros cartazes em letras garrafais, publique nos sites, anuncie na Tv que a garota cega e burra que estava ocupando o meu lugar foi embora e eu finalmente retornei.

Tomei uma dose de Taylor Swift em Shake it Off, e dois copos de Zooey Deschanel em 500 days of Summer. Dancei ao som de All About That Bass até meus pés sangrarem e no fim da noite eu tinha voltado, surpresa por deixar um draminha besta me roubar de mim.

Me contaram sobre as noites mal dormidas, sobre os potes de sorvetes na frente da tv, da gripe misturada à melancolia. Me contaram a historia toda desde do momento em que me perdi, me falaram das declarações desmedidas, da compreensão ingênua, das desculpas mentirosas e da confiança cega. Me falaram de todos os meus erros grotescos.

As 21 primaveras que me perpassaram foram o bastante para ensinar que uma nuvenzinha de realismo rondando é sempre de bom agrado. Tive o desprazer de perder essa nuvem, e aí meu bem, tudo desandou. Eu só lembro que foi no meio de uma frase roubada de algum livro, que pronunciada em tom romântico fez com que eu me afogasse em mim, foi lá que me arrancaram do meu corpo e colocaram uma tola adolescente pra ditar as minhas palavras. Ela desfilou sentimentos que deveriam ter sido analisados antes de serem expostos e banalizados. Gastou toda minha arte com um par de olhos medrosos e arredios, que não se prenderam, só se perderam na multidão.

Depois de tanto martelar de dentro pra fora eu consegui sair. Quebrei a casca que impedia que a menina visse o mundo e as pessoas como elas realmente são. E então, ela foi embora e me deixou organizar a casa, mudar os moveis, jogar o entulho fora. Depois de limpo, eu fiz morada no meu peito. Tomei posse da minha vida e tudo voltou a ser como antes.

A rainha do gelo voltou. Pronta pra ignorar qualquer resquício de canalhice, falso amor ou ilusão. É meu querido, acabou a palhaçada. Como diz a canção: Eu voltei, e agora é pra ficar.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Volta essa música!




   Sabe aquela música que é impossível ouvir uma vez só? Um refrão chiclete, uma letra intensa, ou uma melodia que te faz balançar de um lado pro outro sem parar. Por um motivo ou por outro, algumas canções tem uma certa magia que me fazem apertar o replay até enjoar. Nos últimos meses, eu tenho viciado fácil nos lançamentos que tem acontecido. Por isso a maioria ali na playlist, são músicas bem recentes que tem mexido comigo de alguma forma! Espero que curtam! ;)


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Declaro, sou teu


Cartas de amor não começam com explicações, porém não há outra maneira de escrever o que sinto sem explicar ou dar motivos, mesmo que o amor não precise disso. Minhas atitudes e gestos denunciam a todo instante o quanto estou apaixonado por você. A alegria fez morada nos meus dias, e meus pensamentos passeiam pelo vento, distraídos, sempre esbarram em você.

A cada novo olhar, sinto esse laço que nos envolve estreitando um pouco mais. Mas estes laços mesmo apertados, não nos oprimem ou limitam nossos movimentos, não nos retiram a liberdade individual, pelo contrário, nos dão a sensação de sermos livres no outro e pelo outro. Eu me encanto mais por você à cada vez que sorri, quando sua risada singular invade todo o nosso espaço, quando os cachos do seu cabelo dançam alegres pelo vento e a cada vez que você vem na minha direção, e eu num estalo de lucidez, me dou conta de que tudo isso é meu.

Talvez, você seja minha única esperança... Ou a última. Não porque eu não possa me apaixonar novamente, mas porque sempre que eu desejar uma pessoa, essa pessoa será você. Sou uma folha em branco e você é o lápis, amor. O seu querer e meu se tornarão um só, e eu me entreguei totalmente pra você.

Posso atravessar o oceano a nado, arrumar um lugar em qualquer viajem pra lua e no meio do caminho roubar uma estrela e dar o seu nome à ela, posso regravar o seu filme favorito ajustando-o á nossa propria historia. Posso fazer o que você quiser, menos fazer o seu sentimento ser maior que o meu. As horas do meu dia são enfeitadas por lembranças que envolvem seu cheiro, seu beijo, seu riso. E a escuridão que invade meus olhos quando eles se fecham, são iluminados pelo seu rosto que parece estranhamente desenhado pra mim.

Mas será que isso é mesmo amor? O som do sim é longínquo, mas o som do não eu não ouço ou finjo que não escuto. E se você me quiser como eu te quero, eu te prometo até o fim de nossos dias que continuarei a sentir o que sinto por você hoje. E à cada vez que o sol invadir o nosso quarto pela manhã, agradecerei a Deus por tê-la encontrado e por você ser muito mais do que eu esperava.

*Esse texto foi originalmente escrito por um grande amigo,
 porém editado e floreado por esta que vos escreve.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O de sempre


Se eu pudesse fazer qualquer coisa no mundo, construiria uma maquina do tempo, voltava uns três anos e evitava um tanto de coisa babaca que eu fiz. Se eu pudesse, largava tudo por aqui e começava uma vida do zero em outro canto do mundo. Se eu pudesse, deletava todas as pessoas que me diminuem. Voltaria no ensino médio e aproveitaria mais. Tomava um dose de coragem e faria a faculdade que eu queria mesmo fazer. Não entraria em cursos que não mudaram em nada a minha vida. Viraria as costas pra gente que só me fez sofrer. Se eu pudesse, congelaria os momentos legais que vivi com quem amei, pra me livrar da dúvida se aquele sentimento existiu mesmo ou eu desenhei ele misturado com minhas lembranças. Se eu pudesse, largaria meu emprego e procuraria algo que me faça feliz. Se eu pudesse, seria mais feliz.

Mas não posso nada disso. Por que, no momento, só consigo pensar que essa não é a vida que eu pensei estar vivendo com 21 anos. Eu achei que estaria trabalhando com jornalismo, que estaria perto de subir ao altar, morando sozinha, escolhendo meu próprio abajur. Mas sinto que minha vida nem começou ainda. Dois anos atrás eu escrevi sobre ter 18 anos e eu ainda sou a mesma garotinha frágil daquela época. O mesmo cristal que trinca com qualquer coisa.

Tô me sentindo tão cansada da vida, de fazer a mesma coisa todo santo dia. Cansada de ver as mesmas pessoas aos finais de semana, cansada de ter que responder as mesmas perguntas. Cansada de tentar achar um caminho e esbarrar com outra parede, como se estivesse presa num labirinto que me leva sempre pra mesma decepção. Tô exausta de guardar tudo isso pra mim, carregar todo esse peso sozinha. Não aguento mais fingir que estou bem, mas também tenho preguiça de tentar explicar por que me sinto assim, quando nem mesmo eu me entendo.

Talvez seja só uma crise. Meu aniversário está chegando e fazer um balanço da minha trajetória até aqui, parece inevitável. Provavelmente eu esteja insatisfeita com os resultados e não sei o que fazer. Uma adolescente dramática presa no corpo de uma mulher de 21 anos. Perdida nesse mundão.

Queria uma chance pra fazer tudo diferente, começar de novo. Mas não dá, a unica coisa que tenho é a inspiração e isso aqui. Ainda posso escrever e contar tudo o que me aflige pra uma pagina em branco da internet. Posso chorar na frente de um computador certa de que ele não fará perguntas. Posso postar meus sentimentos e caso alguém leia, vai elogiar o jeito que escrevo e nunca me questionar por que escrevi aquilo.

Externar por meio de palavras nunca resolveu, e não vai resolver. Mas conforta. Aliviou até hoje, e eu lido com a esperança de que vai continuar aliviando. 
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13:4-7
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13:4-7
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13:4-7
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13:4-7
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13:4-7
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13:4-7
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13:4-7
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13:4-7

sábado, 1 de novembro de 2014

Atuação

É estranho o jeito que as coisas acontecem na nossa vida né? Num dia você tem amor, carinho, companhia, sinceridade e serenidade. No outro você se vê rindo desesperadamente em uma mesa de bar, rodeado de amigos que acreditam mesmo que já está tudo bem, que o vazio foi preenchido e que você finalmente entendeu o sentido de tudo. Mas não, na verdade você ensaiou esse papel superei-o-fim-estou-muito-feliz por dias inteiros. E convenceu.

Existem muitas maneiras de lidar com os problemas que envolvem o nosso cansado coraçãozinho. Eu não sou exatamente uma expert em relacionamentos, e exatamente por esse motivo me tornei, sem querer, especialista em superação. Ilusão, amor platônico, friendzone, término. Enfim, todos os tópicos citados culminam na difícil e inevitável tarefa de desencanar. Esquecer, deixar pra lá.

Dica: não é muito fácil.

De modo geral, a primeira coisa a fazer é se livrar das conversas arquivadas, das fotos no celular, as músicas e qualquer outra lembrança que esteja fora da sua cabeça. Vai por mim, faça isso num instante de insanidade, sem nem pensar. Nas noites de saudade, não ter nenhum resquício te ajuda a entender que acabou.

Depois, evite falar sobre ele. Mas se tocarem no assunto, responda. Entenda que ele não está na sua vida, mas está na vida de outras pessoas ainda. Eu já fingi que a pessoa tinha morrido, cheguei a olhar pro céu e soltar um "Deus o tenha" após pronunciar o nome dele. Isso não funciona, faz o cara virar um fantasma que pode te assombrar a qualquer momento. Tente se acostumar com a presença dele, desta vez não tão perto assim.

E por último, saiba que ninguém pode te ajudar a esquecer. Nem outro amor, badalação, ou esse texto (que na verdade é pra ajudar a autora, no caso). Mesmo já tendo passado inúmeras vezes por isso, eu sempre caio na minha armadilha e acabo fazendo o papel da garotinha frágil que sofre demais. Não que essa não seja eu. Mas eu não me gosto nessa faceta. Gera auto-piedade, clama atenção, explode de tanta carência. Prefiro minha versão sarcástica, cheia de caretas e trejeitos esquisitos, prefiro minha risada singular, mesmo que as vezes eu tenha que força-la a sair. Então, eu visto esse personagem enquanto não me torno ele propriamente. Ninguém precisa saber.

Interpreto que esqueci até conseguir esquecer de verdade. As pessoas sempre acreditam. Porém a mais interessada demora a gostar da atuação. Ganhar o Oscar com certeza é mais fácil que me convencer. Aposto.