Eu penso nesse roteiro velho, penso no filme que parou na metade, penso na garrafa quebrada na sala, penso nos beijos vazios que vieram depois de você. Eu penso em todos os medos que me roubaram do seu abraço, penso nos pensamentos que me fizeram sair pisando alto, certa que aquilo tudo (eu e você) era um erro estratosférico, e penso no que você estava pensando quando trancou a porta e me pediu a chave de volta.
Eu estive numa escola de idiotas sabe, antes de te conhecer. Dúzias deles descobriam meu telefone, e me enganaram de todas as maneiras possíveis. Meu professor de ética diz que um erro não justifica outro, embora cada palavra amarga que eu expulsei em sua direção tenha sido tirada de algum diálogo que outrora marejou meus olhos. E agora, com estrelas tão bonitas reluzindo no seu sorriso, olhos, e gestos, dói mais ainda. Dói por que eu sei como dói. Não que eu mereça algum sofrimento, mas eu sei que você é do tipo que sofre mesmo sem merecimento.
Porém aparentemente você soube lidar melhor com isso do que eu. Espero que sim, e se não, deixo algumas considerações finais para o seu (promissor) futuro amoroso:
Não seja um idiota com alguém que te faça ver o céu bem na sua frente. Não respingue a dor que eu transferi pra você. Não tenha receio de ser o enganado. Eu estive nos dois lados dessa moeda. Garanto, o coração lateja por mais tempo. Ele pulsa descompensado, sem entender como pode estragar tudo, e isso é o pior. Enquanto você já digeriu o adeus, sacudiu a poeira e consegue me olhar com serenidade, eu ainda tô aqui, me perguntando por que fui tão... Tão idiota.
Não cometa os mesmos erros que eu. A solidão é uma punição alta demais pra alguém tão bom como você.
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