Mas não é sobre um idiota e sua barbie que quero falar, mas sobre o que passou na minha cabeça vendo aquela cena, por que, é engraçado eu olhar pra isso, sabe, e pra tantas outras decepções vida a fora, e ainda conseguir rir de mim. Entende que é essa a magia que eu não quero perder? Me olhar no espelho e achar fofinho o meu sorriso meio torto. Fazer a barriga de alguém doer de tanto achar graça da minha cara e dessas minhas bobices de quem está no meio da ponte entre a inocência de garota e a esperteza de mulher.
Eu quero continuar entre um tombo e outro tentando sobreviver do meu modo. Nem que seja preciso mudar o rosto o cabelo e a maquiagem, a banda preferida, o cheiro e o jeito de andar, assim, só pra não enjoar de mim mesma. Fazer amigos sem me esforçar tanto. Conquistar com o cabelo desgranhado, o rosto lavado, mas um bom papo. Contemplar o céu, o mar, os olhos do mundo. Enxergar a vida em outros papeis. Sair da rotina, da monotonia. Rir na mesa do bar, na sala da faculdade, no refeitório do trabalho, no sofá com as amigas, no carro com meus pais. Ver a vida e querer vê-la, e mais ainda querer vive-la. Quando eu conseguir sentir e fazer as coisas serem exatamente assim, vou poder estufar o peito e gritar pro mundo: EU ME FIZ SER FELIZ.
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